Combate à obesidade
Para marcar o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade, o Ministério da Saúde lançou um alerta para o crescimento do problema, mostrando que 48,1% dos adultos apresentam excesso de peso no Brasil.
O ministério tem como metas reduzir a prevalência da obesidade em crianças e adolescentes e deter o crescimento do problema em adultos.
É o que estipula o Plano de Ações de Enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), com ações previstas para os próximos 10 anos.
O Plano tem por objetivo promover "políticas públicas efetivas, integradas e sustentáveis com base em evidências" para combater as DCNTs (câncer, diabetes, doenças do aparelho circulatório e respiratórias crônicas) e os fatores de riscos (tabagismo, consumo nocivo de álcool, inatividade física, alimentação inadequada e obesidade).
O plano prevê ainda o fortalecimento dos serviços de saúde voltados para a atenção aos portadores de doenças crônicas.
Segundo a coordenadora de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, é preciso orientar a população sobre as consequências da obesidade e a importância de prevenir o aparecimento precoce de doenças decorrentes do excesso de peso.
"Os índices são alarmantes, e nós precisamos frear o avanço da obesidade ente a população", alerta.
Estatísticas gordas
Dados da pesquisa Vigitel (2010) indicam uma prevalência de 48,1% dos adultos (52,1% em homens e 44,3% em mulheres) com excesso de peso.
No período 2006-2010 houve um aumento de excesso de peso em 1,2% ao ano entre os homens, enquanto, entre as mulheres, esse aumento foi de 2,2%. A frequência de obesidade aumentou, em média, 1% ao ano em mulheres no período 2006-2010.
O excesso de peso e a obesidade entre jovens e crianças também têm sido preocupantes.
A avaliação do estado nutricional de crianças de 5 a 9 anos de idade, estudada pela POF 2008-2009, mostrou que o excesso de peso e a obesidade já atingem 33,5% e 14,3%, respectivamente.
Na população de 10 a 19 anos, o excesso de peso foi diagnosticado em cerca de 1/5 dos adolescentes e a prevalência de obesidade foi de 5,9% em meninos e 4% em meninas.
Alimentação
Os níveis de atividade física no lazer na população adulta são baixos (15%) e apenas 18,2% consomem cinco porções de frutas e hortaliças em cinco ou mais dias por semana.
Ainda na questão da alimentação, 34% consomem alimentos com elevado teor de gordura e 28% consomem refrigerantes cinco ou mais dias por semana, o que contribui para o aumento da prevalência de excesso de peso e obesidade, que atingem 48% e 14% dos adultos, respectivamente.
O baixo consumo de arroz, feijão, frutas e hortaliças são reflexos de uma má alimentação adotada pela população brasileira, que atualmente, preferem refeições ricas em gorduras, sal e açúcar e com pouco teor nutritivo.
Sal e açúcar
O consumo diário de sal no Brasil atualmente é de 12 gramas por pessoa, enquanto o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de apenas 5 gramas por pessoa.
O sal em excesso constitui fator de risco para doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial e doenças renais.
Outro problema no país é a ingestão em excesso de açúcar, que é um grande aliado para o aparecimento da diabetes e o aumento da obesidade entre os brasileiros. De acordo com a POF 2008-2009, 61,3% da população consomem açúcar de forma exagerada.
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