Fim dos transplantes?
Cientistas da Universidade Nacional de Ciência e Tecnologia da Rússia desenvolveram nanomateriais capazes de restaurar a estrutura interna dos ossos danificados pela osteoporose, osteomielite e outras doenças ósseas.
O revestimento bioativo especial do material ajudou a aumentar a taxa de multiplicação das células ósseas em três vezes.
Isso aponta para um futuro no qual o transplante de medula óssea poderá ser deixado de lado, e os pacientes não precisarão mais esperar pelo material doador adequado.
O material é baseado em nanofibras de policaprolactona, que é um material solúvel biocompatível. Anteriormente, o mesmo grupo de pesquisa já havia trabalhado com esse material: Ao adicionar antibióticos às nanofibras, eles criaram ataduras curativas permanentes, que não precisam ser trocadas.
Agora eles aumentaram a hidrofilicidade do material aplicando-lhe uma fina camada de filme bioativo constituído de titânio, cálcio, fósforo, carbono, oxigênio e nitrogênio (TiCaPCON).
"Se queremos que o implante se fixe, é necessário não apenas a biocompatibilidade, mas também a ativação do crescimento celular natural na superfície do material. A policaprolactona é um material hidrofóbico, ou seja, as células se sentem desconfortáveis em sua superfície e se dividem de forma extremamente lenta," justifica a pesquisadora Elizaveta Permyakova.
O revestimento resolveu esse problema, criando essencialmente uma policaprolactona hidrofílica.
Para verificar o desempenho do material, os pesquisadores compararam a taxa de divisão de células ósseas osteoblásticas na superfície do material modificado e não modificado. No material modificado, as células em sua superfície ficaram claramente "mais confortáveis", triplicando sua taxa de multiplicação, acelerando a recuperação do osso.
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