Ataque cardíaco
Pessoas entre 50 e 60 anos, quando demitidas do emprego, têm um risco de sofrer um ataque cardíaco equivalente ao dos fumantes inveterados.
A pesquisa, feita com mais de 13 mil pessoas nos EUA, indica que o risco de infarto cresce 25% durante o ano seguinte à perda do emprego.
O risco aumenta proporcionalmente caso o indivíduo seja demitido novamente após conseguir um novo trabalho.
O levantamento foi publicado na revista científica Archives of Internal Medicine.
Estresse e infarto
Especialistas acreditam que o estresse possa ser uma peça fundamental para entender o aumento do risco de parada cardíaca na meia-idade.
Eles acrescentam, entretanto, que são necessárias mais pesquisas para identificar o principal elo entre as demissões na meia-idade e o aumento das chances de infarto.
Estudos realizados anteriormente já revelaram que um trabalho estressante pode elevar o risco de parada cardíaca, mas o estresse não é considerado uma causa direta de doença cardíaca.
Fumo e perda do emprego
Durante o estudo, que foi conduzido durante quase 20 anos, especialistas registraram mais de 1 mil infartos entre os 13.451 participantes.
Quando os pesquisadores analisaram especificamente quais indivíduos foram mais suscetíveis a sofrer a enfermidade, encontraram várias tendências distintas.
Homens e mulheres que fumavam, estavam com sobrepeso ou faziam pouca ou nenhuma atividade física eram mais propensos a sofrer um infarto.
Os mais velhos ou aqueles com hipertensão ou diabetes também corriam maior risco de ter uma parada cardíaca.
Depois de analisar os fatores de risco, os pesquisadores descobriram que a perda de emprego também estava associada à doença.
Infartos foram significativamente mais comuns (27%) entre os que tinham sido demitidos havia pouco tempo, independentemente do tipo de ocupação que realizavam.
O efeito também foi cumulativo: as chances de sofrer um infarto aumentou 63% entre aqueles que tinham perdido quatro ou mais empregos.
Entre os que fumavam, as chances de ataque cardíaco cresceram quase pela metade (44%).
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