06/02/2018

Sensor biodegradável dissolve no corpo depois de cumprir sua função

Redação do Diário da Saúde
Sensor biodegradável dissolve no corpo depois de cumprir sua função
O sensor biodegradável promete ter um amplo leque de utilizações médicas, da bexiga ao cérebro.[Imagem: Thanh Duc Nguyen]

Sensor biodegradável

Engenheiros da Universidade de Connecticut (EUA) criaram um sensor de pressão biodegradável que promete ajudar a monitorar condições tão variadas como a doença pulmonar crônica ou um inchaço do cérebro.

A grande vantagem é que o sensor se dissolve inofensivamente no corpo do paciente depois de cumprir suas funções e é feito de materiais medicamente seguros, já aprovados pelas autoridades de saúde para uso em suturas cirúrgicas, enxertos ósseos e implantes médicos.

O dispositivo foi projetado para substituir os sensores de pressão implantáveis atuais, que possuem componentes eletrônicos potencialmente tóxicos e precisam ser removidos após o uso, submetendo os pacientes a um procedimento invasivo adicional, aumentando o tempo de recuperação e o risco de infecção.

Como o sensor biodegradável emite uma pequena carga elétrica quando é pressionado, ele também pode ser usado para fornecer estimulação elétrica para a regeneração de tecidos. Outras aplicações potenciais incluem acompanhamento de pacientes com glaucoma, doença cardíaca e câncer de bexiga.

"Estamos muito entusiasmados porque esta é a primeira vez que esses materiais biocompatíveis foram usados dessa maneira. Sabíamos que, se pudéssemos desenvolver um sensor que não exigisse cirurgia para retirá-lo, isso seria realmente significativo," disse o professor Thanh Duc Nguyen, responsável pelo desenvolvimento do aparelho.

Os testes em animais foram bem-sucedidos e agora a equipe está se dedicando a aumentar o tempo de vida útil do sensor, ou seja, o tempo que ele permanece ativo no organismo antes de se dissolver.

"Há muitas aplicações para este sensor," disse Nguyen. "Digamos que o sensor seja implantado no cérebro. Nós podemos usar fios biodegradáveis e colocar a eletrônica não-degradável associada longe do delicado tecido cerebral, como por baixo da pele atrás da orelha, semelhante a um implante coclear. Então será necessário apenas um procedimento menor para remover a eletrônica, sem se preocupar com o fato de o sensor estar em contato direto com o delicado tecido cerebral."

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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