06/11/2014

Você trocaria os óculos por um implante na córnea?

Redação do Diário da Saúde
Você trocaria os óculos por um implante na córnea?
O implante (esquerda) em comparação com uma lente de contato (direita). A desvantagem é que um implante é sempre uma técnica invasiva, levando consigo todos os riscos normalmente associados com cirurgias.
[Imagem: AcuFocus]

Implante para visão de perto

Um anel fino inserido no olho poderá em breve tornar-se um substituto possível para os óculos de leitura para pacientes com presbiopia, a visão de perto borrada experimentada por muitas pessoas a partir dos 40 anos de idade.

O dispositivo implantável na córnea, que está atualmente passando por avaliação clínica, melhorou a visão de perto para 80% dos pacientes, sem atrapalhar a visão à distância necessária para as atividades diárias, como dirigir.

A presbiopia afeta as pessoas conforme a córnea se torna menos flexível e se curva de tal forma que torna difícil enxergar de perto.

O tratamento mais comum é usar óculos de leitura, mas vários novos produtos implantáveis na córnea estão em desenvolvimento, com três tipos atualmente sob análise da FDA (Food and Drug Administration), o órgão regulador nos EUA.

Um dos dispositivos em avaliação, chamado Kamra, tem a forma de um anel fino e flexível, medindo 3,8 milímetros de diâmetro, com um furo de 1,6 milímetro no meio.

Quando implantado na córnea, cobrindo a parte frontal do olho, o dispositivo funciona como o diafragma de uma câmera fotográfica, ajustando a profundidade de campo de modo que o usuário possa ver próximo e distante.

Vantagens e desvantagens

A vantagem teórica de usar um implante na córnea, em relação aos óculos de leitura, é que o implante evita a necessidade de colocar e tirar os óculos constantemente.

A desvantagem é que um implante é sempre uma técnica invasiva, levando consigo todos os riscos normalmente associados com cirurgias. E o dispositivo não tem funcionado para 20% dos voluntários que o estão testando.

As complicações de implantes de córnea geralmente incluem turvações que exigem esteroides para tratamento, que podem ter seus próprios efeitos colaterais.

O procedimento para inserir o implante dura cerca de 10 minutos, com anestesia local.

Uma vantagem em relação às cirurgias a laser é que os implantes atualmente em estudo podem ser removidos em uma segunda cirurgia.

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