31/10/2012

Vacina contra gripe pode reduzir doenças do coração?

Redação do Diário da Saúde

Levantamento

Tomar vacina contra a gripe pode reduzir o risco de um grande evento cardíaco em 50%, e mortes por problemas cardíacos em 40%.

A se confirmarem esses números, resultantes de um levantamento feito por cientistas canadenses, tomar vacina contra gripe poderá também proteger a população das doenças cardíacas.

A conclusão foi apresentada por dois grupos de pesquisadores durante o Congresso Cardiovascular Canadense, que está ocorrendo nesta semana.

Vacina para o coração

"Para aqueles que tomaram a vacina contra a gripe, houve uma redução de risco muito forte," disse o Dr. Jacob Udell, cardiologista da Universidade de Toronto (Canadá).

A vacina contra a gripe mostrou-se associada com uma redução aproximada de 50% no risco de um grande evento cardíaco - infarto, AVC ou morte cardíaca - em comparação com placebo, após um ano de acompanhamento.

Uma tendência semelhante foi verificada na associação entre a vacina da gripe e a redução nas mortes por qualquer causa (cerca de 40%).

Críticas e limitações

Contudo, os pesquisadores não estudaram os pacientes diretamente. Eles fizeram uma recompilação de estudos já publicados, envolvendo 3.227 pacientes, o que é muito pouco para avaliar uma terapêutica que é voltada para quase toda a população.

Além do reduzido número de pacientes, os estudos considerados foram feitos desde a década de 1960, o que abre margem para que diversos outros fatores possam ter contribuído para a melhoria das condições cardiovasculares da população.

Apesar de ser encorajador ver uma redução nos cardíacos fatais, os próprios pesquisadores alertam quanto a limitações de seus resultados.

Eles acreditam que uma conclusão definitiva exigiria um grande estudo multinacional, de longa duração, que seja abrangente o suficiente para demonstrar a eficácia da vacina para reduzir eventos cardíacos fatais e salvar vidas.

"Um grande estudo em âmbito internacional e representativo de pacientes, como estes realizados na América do Norte e Canadá, em particular, poderiam ajudar a responder essa pergunta", disse o Dr. Udell.

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