21/09/2009

Vacina contra o câncer começará a ser testada

Redação do Diário da Saúde
Vacina contra o câncer começará a ser testada
Antígeno NY-ESO-1 em células cancerosas (esquerda) e sadias (direita).
[Imagem: Ludwig Institute]

Vacina contra o câncer

Cientistas da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, produziram o primeiro lote de uma vacina contra o câncer que será utilizada em testes clínicos em pacientes humanos sofrendo de câncer de ovário e de câncer de pele, ou melanoma.

Os testes com a vacina em relação ao melanoma serão feitos na Universidade de Nova Iorque, enquanto os testes com a vacina para o câncer de ovário serão feitos no Instituto do Câncer Roswell, em Ithaca.

Os testes deverão avaliar a segurança e a resposta antitumoral do sistema imunológico em relação à vacina terapêutica NY-ESO-1, aplicada tanto isoladamente quanto em combinação com outros agentes terapêuticos.

Resposta imunológica

O composto não é uma vacina no sentido tradicional, ou seja, ela não previne o aparecimento do câncer em uma pessoa que não esteja doente. Trata-se, contudo, de uma vacina porque ela induz o corpo humano a uma resposta imunológica para se defender da doença.

"Esta vacina não tem o objetivo de prevenir contra o câncer, mas de estimular o corpo para que ele ataque naturalmente um tumor já existente. O desafio é que a vacina é feita de proteínas moleculares que são encontradas em nossos próprios corpos e que normalmente não induzem uma resposta imunológica forte. Assim, parte desse teste será fazer o corpo reagir a essas moléculas e atacar o câncer," explica o Dr. Carl A. Batt, coordenador da produção da vacina.

Tratamentos contra o câncer

O antígeno NY-ESO-1 foi descoberto em 1997, quando se verificou que ele se expressa em vários tipos diferentes de câncer, tendo logo despertado o interesse de vários grupos de pesquisa.

Um dos diferenciais deste estudo é que tanto as pesquisas quanto o desenvolvimento da vacina está sendo feito inteiramente em universidades e institutos de pesquisa, não envolvendo empresas farmacêuticas.

Apesar dos progressos, os pesquisadores estão cautelosos: "Nós não estamos esperando milagres, mas o conjunto de opções atuais contra o câncer, cirúrgicas, radioterapia e quimioterapia, não conseguem eliminar todos os tipos de câncer. O que essas vacinas contra o câncer oferecem é uma outra ferramenta para ajudar a combater o câncer, e poderão ser utilizadas em conjunto com outras opções terapêuticas já existentes," diz o Dr. Batt.

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