24/03/2017

Treinamento intervalado é o melhor exercício contra envelhecimento

Com informações da New Scientist

Treinamento intervalado

Os exercícios físicos parecem ser remédio para quase tudo, ainda que possa haver exercícios mais adequados para cada objetivo.

Por exemplo, se o interesse é atuar contra os males da idade, mais especificamente contra o declínio na capacidade das nossas células para gerar energia, a melhor opção parece ser o treinamento regular de alta intensidade com intervalos, conhecido com HIIT (High Intensity Interval Training).

Esse treinamento envolve esforços aeróbicos realizados em máxima intensidade por um curto período de tempo, intercalados com momentos de descanso ou recuperação com exercícios de menor intensidade.

Para aferir os efeitos antienvelhecimento dessa prática, a equipe do professor Sreekumaran Nair, da Clínica Mayo de Rochester (EUA) submeteu grupos de pessoas com idades entre 18 e 30 anos e entre 65 e 80 anos a três meses de treinamento HIIT, treinamento com pesos ou uma combinação dos dois. Biópsias musculares foram tomadas antes e depois para medir o impacto desses regimes nas células dos voluntários.

Exercícios contra envelhecimento

O treinamento intervalado aumentou a capacidade das mitocôndrias para gerar energia em 69% nos voluntários mais velhos e em 49% no grupo mais jovem.

Esse grupo também apresentou melhorias na saúde do pulmão, coração e na circulação. A quantidade de oxigênio que eles inalavam e consumiam nos momentos de esforço máximo aumentou 28% no grupo mais jovem e 17% no grupo mais velho.

Não houve mudança correspondente entre aqueles que treinaram com pesos, embora o treinamento combinado aumentasse o consumo de oxigênio em 21% entre os praticantes mais velhos. O maior benefício do treinamento com pesos foi a adição de nova massa muscular, mas não foi registrado nenhum benefício mitocondrial ou respiratório. O regime combinado produziu resultados intermediários.

A atividade das mitocôndrias declina com a idade, o que pode agravar a fadiga e reduzir o tamanho e a capacidade dos músculos para queimar o excesso de açúcar no sangue - um fator de risco para diabetes. Esse declínio foi interrompido e até invertido no grupo mais idoso de treinamento com intervalos. "Depois de três meses de treinamento intervalado, tudo convergiu para o que víamos nos mais jovens," relatou Nair.

Os resultados foram publicados no Journal Cell Metabolism.

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