25/11/2011

Sensor eletrônico detecta primeiros sinais de Alzheimer e Parkinson

Redação do Diário da Saúde
Sensor eletrônico detecta primeiros sinais de Alzheimer e Parkinson
A tecnologia usa um biossensor para medir minúsculas concentrações de agregados de proteínas beta-amiloides e alfa-sinucleína no fluido cerebroespinhal.
[Imagem: McGraw et al.]

Biossensor

Cientistas estão testando uma nova tecnologia para detectar os primeiros sinais do Mal de Parkinson ou da doença de Alzheimer em seus estágios iniciais.

A tecnologia usa um biossensor para medir minúsculas concentrações de agregados de proteínas no fluido cerebroespinhal.

O aparelho, ainda em estágio de desenvolvimento, é um exemplo prático de um alerta feito recentemente por um grupo de cientistas de que já é possível fazer um diagnóstico precoce da doença de Alzheimer.

Os cientistas foram além e estão estudando também os sinais iniciais de Parkinson.

Beta-amiloides e alfa-sinucleína

As doenças neurodegenerativas são difíceis de diagnosticar em seus estágios iniciais porque apresentam sintomas muito similares.

Entretanto, em um nível celular, agregados das proteínas beta-amiloides e alfa-sinucleína têm sido associados com Alzheimer e Parkinson, respectivamente, tendo-se revelado bons indicadores do surgimento dessas doenças.

Shalini Prasad e seus colegas da Universidade do Texas (EUA) estão desenvolvendo seu sensor eletrônico para que ele seja capaz de detectar esses biomarcadores em baixíssimas concentrações, antes que eles induzam o aparecimento dos primeiros sintomas das doenças.

Nanomembrana

O aparelho é feito de uma placa de circuito eletrônico recoberta por uma folha porosa de óxido de alumínio, uma nanomembrana, capaz de filtrar fluidos e reter as partículas de interesse.

Os pesquisadores colocaram no interior fragmentos de anticorpos no interior dos poros da membrana, anticorpos que são específicos para os agregados de beta-amiloides ou alfa-sinucleína.

Quando essas proteínas passam pela membrana de óxido de alumínio, elas se ligam aos anticorpos, alterando a capacitância da placa e produzindo um sinal que é mostrado pela parte eletrônica do circuito.

O resultado sai em 15 minutos.

Os cientistas agora estão trabalhando em uma versão do biossensor que consiga detectar vários biomarcadores e, a seguir, planejam colocá-lo em testes clínicos.

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