15/01/2015

Pais não seguem regras de cadeirinhas viradas para trás

Redação do Diário da Saúde
Pais não seguem regras de cadeirinhas viradas para trás
As orientações estabelecem que crianças até dois anos de idade viajem em bebês-conforto ou cadeirinhas viradas para trás.
[Imagem: University of Michigan Health System]

Bebê-conforto e cadeirinha reversível

Muitos pais não estão seguindo as orientações que recomendam assentos de carro para bebês e crianças voltados para trás até os 2 anos de idade.

O uso do bebê-conforto ou da poltrona reversível voltada para trás até a criança completar dois anos de idade reduz o risco de lesões graves em caso de acidente.

Em Março de 2011, a Academia Americana de Pediatria (EUA) atualizou suas diretrizes para a segurança dos passageiros infantis, estendendo a recomendação para o uso do assento voltado para trás - bebê-conforto ou cadeira reversível - para um mínimo de dois anos de idade ou até que a criança supere os limites de peso e altura da cadeira usada.

Mas quase um quarto dos pais afirmam ter virado o assento para a frente quando seus filhos tinham por volta de um ano de idade.

No Brasil, o Contram (Conselho Nacional de Trânsito) estabelece o uso de assento voltado para trás para crianças de 0 a 1 ano, mas vários fabricantes já fazem recomendações mais rígidas, estendendo esse padrão para até dois anos.

Assentos virados para trás

O estudo revelou que, em 2011 - logo após a alteração nas diretrizes de segurança - 33% dos pais de crianças de 1 a 4 anos de idade haviam virado o assento para a frente aos 12 meses de idade ou antes disso. Apenas 16% relataram ter virado o assento de seu filho aos 2 anos de idade ou mais.

Em 2013 houve uma ligeira melhoria: 24% dos pais viraram as cadeirinhas aos 12 meses de idade ou antes, enquanto 23% relataram ter esperado os 2 anos de idade.

"Há muitas razões pelas quais os pais ficam ansiosos para virar as cadeirinhas para a frente: a percepção de que seus filhos são muito grandes, o desejo de ver os filhos enquanto dirigem e uma maior facilidade de remoção da criança de um assento virado para a frente," conta a Dra. Michelle Macy, da Universidade de Michigan (EUA), autora do estudo.

"Mas retardar a mudança pode fazer uma grande diferença. Na Suécia é culturalmente aceito que as crianças até os 4 anos viajem em bancos voltados para trás e as mortes de crianças no trânsito estão entre as mais baixas do mundo," compara Macy.

Nas entrevistas, os pais indicaram os fabricantes de cadeirinhas e os pediatras como as fontes de informações principais sobre quando começar a usar um assento virado para a frente.

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