07/12/2017

HIV não é sinônimo de AIDS e tratamento pode garantir vida normal

Com informações da Agência Brasil

Qual é a diferença entre HIV e AIDS?

Ter HIV não significa estar com AIDS.

O HIV, sigla em inglês para Vírus da Imunodeficiência Humana, em inglês, é reconhecido pelos cientistas como o causador da AIDS, sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, mas isso não significa que todas as pessoas que têm o vírus vão desenvolver a doença.

"Ainda não existe uma cura para a AIDS, mas o vírus pode ser controlado com medicamentos", explica o infectologista Pablo Velho, que trabalha há dez anos com pacientes soropositivos.

Segundo o médico, a única maneira de evitar que a AIDS se desenvolva é recebendo medicação adequada após o diagnóstico de infecção pelo vírus.

"Se nada for feito para interromper o processo de evolução natural dessa doença, ela vai chegar à AIDS. Em alguns indivíduos isso acontece de forma muito rápida, e eles podem desenvolver a AIDS em até dois anos após o contágio. Na outra ponta, há algumas pessoas que podem levar mais de dez anos. Em média são sete anos, mas não se pode confiar nisso porque varia de pessoa para pessoa e não faz sentido esperar a pessoa ficar mal para começar o tratamento," explicou.

No Brasil, a estimativa é que 160 mil pessoas estejam vivendo com HIV sem saber. O Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS, do Ministério da Saúde, estima que das 670 mil pessoas diagnosticadas com HIV, 129 mil não estão se tratando.

O infectologista lembra que apesar dos desafios de ser soropositivo, é possível ter uma vida saudável. "A expectativa de vida hoje de uma pessoa que tem um diagnóstico precoce e inicia o tratamento imediatamente e mantém a carga viral indetectável é semelhante à de uma pessoa com a mesma faixa etária e que não tenha HIV".

Segundo o médico, é comum que os pacientes não acreditem nessa informação quando a recebem na primeira consulta, mas que mudam hábitos a partir da descoberta do HIV. "Já vi muitos pacientes parando de fumar, deixando de ser sedentários e se alimentando melhor depois do diagnóstico. Não vou dizer que ter o HIV seja uma coisa boa, claro que não, mas muita gente passa a cuidar mais da saúde. As consultas que fazemos hoje com pacientes de HIV são de saúde".

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