01/08/2017

Protetor solar de DNA protege mais quanto mais se usa

Redação do Diário da Saúde
Protetor solar de DNA
Microfotografia do revestimento de DNA, que ainda terá que passar por uma série de testes antes de se tornar um produto comercializável.
[Imagem: Alexandria E. Gasperini et al. - 10.1038/s41598-017-06884-8]

Danificar o DNA sintético

Apesar de o Sol responder por menos de 15% dos casos de câncer de pele e dos alertas sobre a falta de vitamina D na população, os cientistas prosseguem firmes no desenvolvimento de protetores solares cada vez mais eficazes.

Uma equipe da Universidade de Binghamton e da Universidade Estadual de Nova Iorque (EUA) desenvolveu um revestimento feito de DNA que poderá ser colocado sobre a pele para proteger contra a luz ultravioleta.

"A luz ultravioleta (UV) pode realmente danificar o DNA, e isso não é bom para a pele," disse o professor Guy German. "Nós pensamos: vamos inverter a situação. O que acontece se, em vez disso, nós realmente usássemos o DNA como uma camada sacrificial? E se, em vez de danificar o DNA dentro da pele, danificarmos uma camada em cima da pele".

Para isso a equipe desenvolveu filmes sintéticos de DNA cristalino muito finos e transparentes e os irradiou com luz ultravioleta. Quanto mais o filme foi exposto à luz UV, melhor ele conseguiu absorver a radiação.

"Se você traduzir isso, significa para mim que, se você usá-lo como um creme tópico ou um protetor solar, quanto mais você permanecer na praia, melhor ele se tornará como protetor solar", disse German - por "traduzir" o pesquisador se refere ao processo de transformar um resultado obtido em laboratório, como feito por sua equipe, em uma substância fabricada industrialmente e que tenha recebido todas as autorizações sanitárias e de saúde para ser comercializada.

Hidratação e curativo

Como um bônus adicional, o revestimento de DNA também é higroscópico, o que significa que a pele revestida pode armazenar e manter a água muito mais do que a pele não revestida. A expectativa é que, quando aplicado à pele humana - estes testes ainda não foram realizados -, o revestimento seria capaz de diminuir a evaporação da água e manter o tecido hidratado por longos períodos de tempo.

"Acreditamos que isto possa ter não apenas aplicações para protetores solares e hidratantes diretamente, mas, sendo transparente opticamente e evitando danos do Sol aos tecidos e sendo bom em manter a pele hidratada, acreditamos que [o revestimento] pode ser potencialmente explorável como uma cobertura de ferimentos," disse German.

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