11/07/2017

Memória: Para se lembrar mesmo, dê significado às informações

Redação do Diário da Saúde
Comportamento
Já se sabe que a meditação fortalece o cérebro, mas meditação e música revertem a perda de memória.
[Imagem: LONI/UCLA]

Memória com significado

Ao tentar memorizar informações, é melhor relacionar essas informações com algo que seja significativo para você, em vez de ficar repetindo a coisa vezes sem fim.

"Quando estamos aprendendo informações novas, nosso cérebro tem duas maneiras diferentes de lembrar o material por um curto período de tempo: ensaiando mentalmente os sons das palavras ou pensando no significado das palavras," explica o Dr. Jed Meltzer, neurocientista da Universidade de Toronto (Canadá).

"Ambas estratégias criam boas memórias de curto prazo, mas enfocar o significado é mais eficaz para reter as informações mais tarde. Aqui está um caso em que trabalhar mais duro não significa trabalhar melhor," acrescentou.

Muitos estudos anteriores fizeram testes e tiraram suas conclusões focando as memórias de curto prazo, mas os novos experimentos feitos pela equipe do Dr. Meltzer mostram que o uso do significado da palavra ajuda a "transferir" as lembranças do curto prazo para o longo prazo.

Este resultado é consistente com as estratégias utilizadas pelos principais campeões mundiais de memória, que criam histórias ricas em significado para se lembrar de informações aleatórias, como a ordem de um baralho de cartas.

Mecanismos da memória

O estudo permitiu que os pesquisadores apontassem as diferentes partes do cérebro envolvidas na criação dos dois tipos de memória - de curto e de longo prazo.

"Este resultado mostra que existem múltiplos mecanismos cerebrais que dão suporte à memória de curto prazo, seja lembrando informações baseadas no som ou no significado", diz o Dr. Meltzer. "Quando as pessoas têm danos cerebrais por AVC ou demência, um dos mecanismos pode ser interrompido. As pessoas podem aprender a compensar isso se valendo de um método alternativo para formar memórias de curto prazo".

A seguir, o Dr. Meltzer afirmou que irá usar estas descobertas para explorar a estimulação cerebral direcionada, para ver se ela permite melhorar a memória de curto prazo de pacientes com AVC. Ele pretende também comparar esta técnica com medicamentos e com outras técnicas e verificar como essas técnicas podem ser melhoradas.

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