26/03/2013

Líquido amniótico pode tratar intestinos de bebês prematuros

Com informações da BBC

Gestação continuada

O líquido amniótico pode ajudar a curar uma doença que afeta o intestino de bebês prematuros.

O líquido amniótico é um fluido incolor que envolve o embrião dentro do útero.

A doença, chamada enterocolite necrosante, é uma inflamação grave que pode levar à falência de órgãos e à morte.

Resultados de experimentos preliminares feitos em animais demonstraram que células-tronco presentes no líquido amniótico podem aliviar em parte a inflamação, aumentando as chances de sobrevivência.

A equipe envolvida no estudo afirma que serão necessários mais experimentos até que um tratamento possa ser testado em bebês, sobretudo pelo risco da aplicação direta de células-tronco.

Riscos de câncer das células-tronco

O pesquisador Paolo De Coppi, explicou que os efeitos anti-inflamatórios das células-tronco já são bem conhecidos. "Mas essa foi a primeira vez que se demonstrou que células-tronco do líquido amniótico podem reparar danos no intestino", acrescentou.

"Embora células-tronco do líquido amniótico tenham uma capacidade mais limitada de se transformar em diferentes tipos de células do que as do embrião, elas parecem ser promissoras para muitas partes do corpo, incluindo o fígado, o sistema muscular e nervoso".

Contudo, também há riscos.

Por exemplo, a capacidade de células-tronco de se transformar em outros tipos de célula também implica riscos de câncer, algo que preocupa os cientistas, porque já se demonstrou que as células-tronco e as células do câncer têm a mesma origem.

Por conta disso, os médicos esperam, no futuro, desenvolver um tratamento baseado em remédios - em vez de células.

"Não são as células em si", disse Eaton. "Elas são o veículo para algo e se soubéssemos o que esse algo é, poderíamos administrá-lo diretamente".

Intestino de prematuros

Bebês que nascem antes da hora - ou seja, aqueles nascidos antes de que se completem as 37 semanas de gestação - não estão prontos para o mundo fora do útero e seu intestino não está preparado para lidar com os alimentos.

Em média, um em cada 10 bebês desenvolve a enterocolite necrosante.

A inflamação pode provocar a morte do tecido e produzir um buraco na parede do intestino do bebê, levando a infecções sérias.

Há indícios de que o leite materno possa proteger o bebê prematuro contra a enterocolite necrosante, mas o único tratamento existente hoje é uma cirurgia para remover o tecido afetado.

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