14/10/2009

Instituto Nacional do Câncer ganha centro de pesquisas em imagem molecular

Redação do Diário da Saúde
Instituto Nacional do Câncer ganha centro de pesquisas em imagem molecular
O Centro de Pesquisa em Imagem Molecular do Instituto Nacional do Câncer é o mais moderno parque público de diagnóstico por imagem da América Latina.
[Imagem: Inca]

Futuro do INCA

Um primeiro passo para o futuro do INCA. Foi com esta visão que o Instituto Nacional de Câncer inaugurou nesta terça-feira, o Centro de Pesquisa em Imagem Molecular, o mais moderno parque público de diagnóstico por imagem da América Latina.

Estiveram presentes o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, entre várias autoridades. A inauguração marcou, também, o lançamento do projeto do Campus Integrado do Instituto que vai reunir em um só prédio os serviços hoje distribuídos por vários endereços no Rio.

Centro de pesquisas sobre o câncer

Com modernos equipamentos, como "PET-CT" e "SPECT-CT", o novo Centro de Pesquisa, que custou 8 milhões de reais, permitirá o desenvolvimento de conhecimento para todo o Sistema Único de Saúde (SUS), prioritariamente sobre os tipos de câncer mais incidentes entre a população brasileira. "Com ele o INCA dá um salto e se coloca no nível de atualização tecnológica compatível com os grandes centros de tratamento no mundo," anunciou o diretor geral do INCA, Luiz Antonio Santini.

O Campus Integrado do Instituto, cujo projeto foi lançado hoje, vai integrar as atividades de ensino, pesquisa, tecnologia e assistência oncológica, fortalecendo o trabalho de prevenção e detecção precoce do câncer. Santini falou sobre o INCA do futuro, resultado do trabalho de 72 anos de gerações de profissionais. "Serão necessários grandes esforços para superarmos três desafios: dotar o Instituto de serviços de excelência, qualificar a força de trabalho e ter um modelo jurídico-institucional que permita uma gestão flexível".

Imagem molecular

O Centro de Pesquisa em Imagem Molecular é composto por dois equipamentos de medicina nuclear, que têm como principal característica a capacidade de detectar precocemente e fornecer a localização mais precisa dos tumores. Em graus diferenciados, a "PET-CT" e a "SPECT-CT" mapeiam a morfologia dos tumores, seu grau de agressividade e malignidade, bem como sua disseminação (metástase) e um eventual retorno da doença. Esta é a primeira "PET CT" adquirida pelo SUS.

Um dos principais benefícios do uso desses equipamentos no tratamento de câncer é que, por meio das imagens geradas, o médico pode definir a melhor terapia para o paciente, e, em um segundo momento, avaliar o efeito das drogas ministradas. Assim, poderá aplicar o tratamento mais eficaz. Por exemplo, em alguns casos, a cirurgia pode ser substituída por uma terapia menos invasiva (como quimio e/ou radioterapia), ou as drogas utilizadas em determinado tratamento podem ser modificadas se o tumor não estiver regredindo.

Além disso, quanto mais se conhece a característica do tumor, mais eficaz é a contenção da sua proliferação (metástase) e mais direcionada será a droga usada para combatê-lo. O uso de drogas mais eficazes contra os tumores e menos agressivas para a saúde geral do paciente, é um dos principais desafios no tratamento de câncer. É o caminho para a redução dos efeitos colaterais e para a preservação da qualidade de vida dos doentes.

PET-CT

A "PET-CT" detecta tumores considerados muito pequenos. Por isso, seu uso aumenta a eficácia do tratamento, permitindo a identificação de tumores em estágio inicial e aumentando as chances de se usar medicamentos que contenham sua atividade e impeçam seu crescimento, reduzindo os riscos da proliferação das células cancerígenas. A "PET-CT" é um equipamento essencial para expandir a pesquisa sobre o perfil dos tumores no início da sua atividade.

O diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini, ressalta que todo conhecimento produzido no Inca é sistematizado e compartilhado entre a rede pública oncológica do país. O conhecimento gerado pelas pesquisas feitas no Centro de Pesquisa de Imagem Molecular do Inca será de domínio de todo o SUS.

Câncer no Brasil

O câncer é um problema de saúde pública e já representa a segunda causa de mortes no país. Em 2008, o SUS gastou R$ 1,3 bilhão em procedimentos hospitalares, tratamentos e cirurgias de câncer. O Campus possibilitará a otimização de recursos materiais e humanos e facilitará o acesso e o tratamento dos pacientes, já que todas as etapas do atendimento - terapêuticas, de acompanhamento e paliativas - serão realizadas em um só local. A sinergia entre novas tecnologias, pesquisa, educação para prevenção, detecção precoce e atendimento de qualidade é o modelo que proporciona melhores resultados tanto na prevenção quanto no tratamento dos casos de câncer.

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