26/06/2017

Impressão 3D de objetos de silicone para aplicações biomédicas

Redação do Diário da Saúde
Impressão 3D de objetos de silicone para aplicações biomédicas
"Há um grande interesse na impressão 3D de borracha de silicone, ou PDMS, que tem uma série de propriedades úteis."
[Imagem: Orlin Velev/NC State University]

Silicone em impressora 3D

Utilizando os mesmos princípios da construção de castelos de areia na praia, que se sustentam graças à areia molhada, pesquisadores desenvolveram uma técnica de impressão 3D que gera estruturas de silicone flexíveis e porosas, um material similar ao usado em implantes.

A técnica combina água com formas sólidas e líquidas de silicone, gerando uma tinta pastosa que pode ser injetada pelos bicos de uma impressora 3D.

"Há um grande interesse na impressão 3D de borracha de silicone, ou PDMS, que tem uma série de propriedades úteis. E tudo isto é feito com um sistema multifásico de apenas dois materiais - não é necessária nenhuma química especial ou maquinaria cara," disse o professor Orlin Velev, da Universidade do Estado da Carolina do Norte (EUA).

Isto permitirá produzir componentes e materiais para uso biomédico e para a chamada robótica macia, que tem entre seus objetivos a criação de robôs mais compatíveis com o corpo humano, para usos que vão das próteses à criação de melhores equipamentos para fazer cirurgias.

Castelos de silicone

A equipe descobriu que, em um meio aquoso, o silicone líquido pode ser usado para estabelecer pontes de ligação entre minúsculos grânulos de silicone sólido, conectando uns aos outros - da mesma forma que uma pequena quantidade de água permite moldar as partículas de areia para fazer os castelos de areia.

Curiosamente, a técnica pode ser usada em um ambiente úmido ou seco, o que sugere que ela pode vir a ser usada em tecidos vivos - pense em uma malha ultraflexível encapsulando um medicamento para cicatrização, ou um curativo mole que pode ser aplicado ou mesmo impresso diretamente em algumas partes do corpo humano, por exemplo.

"O 'truque' é que tanto as esférulas quanto o líquido que as liga são de silicone e, assim, o material fica muito coeso, esticável e flexível após a moldagem e a cura," contou Velev.

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