08/04/2014

Homo minutus: ser humano artificial para testar medicamentos

Redação do Diário da Saúde
Homo minutus: ser humano artificial para testar medicamentos
O ser humano artificial combina características de coração, fígado, rins e pulmão em uma plataforma de testes de toxicidade que cabe sobre uma mesa.
[Imagem: LANL]

Ser humano artificial

Embora seres humanos virtuais já venham ajudando a Medicina há anos, pesquisadores do Projeto Athena estão adiantados na tarefa de criar um "ser humano artificial".

O projeto pretende nada menos do que mudar a forma como são desenvolvidos os medicamentos, deixando de lado os testes em culturas celulares em laboratório e em cobaias, que não conseguem reproduzir com fidelidade o que ocorre no corpo humano.

Os pesquisadores estão inicialmente concentrados no desenvolvimento da versão artificial de quatro órgãos humanos: fígado, coração, pulmão e rins.

Cada componente do órgão terá o tamanho de um telefone celular, e o "corpo artificial" inteiro, com todos os órgãos interligados, caberá em uma mesa.

"O objetivo final é a construção de um pulmão que respira, um coração que bombeia, um fígado que metaboliza e um rim que excreta - todos conectados por uma tubulação muito semelhante à maneira como os vasos sanguíneos conectam nossos órgãos," disse Rashi Iyer, cientista do Laboratório Nacional Los Alamos (EUA), líder do projeto Athena.

Homo minutus

O trabalho de miniaturização está dando resultados: o fígado artificial, por exemplo, tinha o tamanho de uma geladeira e custava US$80.000 para ser montado.

A versão "de mesa", usando as técnicas dos biochips, mede 10 centímetros e custou US$2.000 - custo de um protótipo, sem ganhos de uma fabricação em escala.

"Ao desenvolver este 'homo minutus', estamos deixando para trás a necessidade de testes em animais ou em placas de Petri. Haverá benefícios enormes no desenvolvimento de sistemas para desenvolver medicamentos e fazer análises de toxicidade que possam imitar a resposta dos órgãos humanos reais," disse Rashi.

"Ao criar um sistema global dinâmico que imite o ambiente fisiológico humano de forma mais realista do que células estáticas em um prato, poderemos entender os efeitos químicos sobre os órgãos humanos como nunca antes foi possível," acrescentou ela.

Siga o Diário da Saúde no Google News

Ver mais notícias sobre os temas:

Desenvolvimento de Medicamentos

Células-tronco

Cobaias

Ver todos os temas >>   

A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.