05/12/2015

Governo altera normas para diagnóstico de bebês com microcefalia

Com informações do Ministério da Saúde

Critério para medida craniana

O Ministério da Saúde alterou o critério para diagnóstico da microcefalia em bebês recém-nascidos.

Até agora, os médicos adotavam a medida de 33 cm como limite de normalidade do perímetro cefálico, uma medida considerada normal para a população brasileira.

Agora, as novas instruções reduziram a medida do perímetro cefálico para 32 centímetros - somente abaixo desta medida o bebê será diagnosticado como portador de microcefalia.

Segundo o Ministério da Saúde, a nova norma está de acordo com recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera 32 centímetros como medida padrão mínima para a cabeça de recém-nascidos.

Medição do crânio dos recém-nascidos

De acordo com a nota do Ministério da Saúde, o perímetro cefálico (PC) varia conforme a idade gestacional do bebê.

Assim, na maioria das crianças que nascem após nove meses de gestação, o PC de 33 cm é considerado normal para a população brasileira, mas pode haver alguma variação para menos, dependendo das características étnicas e genéticas da população.

O crânio é formado por uma série de ossos. Nos recém-nascidos e nas crianças menores eles não estão "soldados", permitindo que a caixa craniana cresça durante o desenvolvimento do bebê. A cabeça das crianças recém-nascidas tem moleiras, que são as fontanelas, e suturas, que são áreas livres para o crescimento dos ossos. Quando isto não ocorre, podem surgir casos de microcefalia ou outras anomalias.

Por esta razão, após o parto, a cabeça das crianças é sempre medida, permitindo que o pediatra identifique, precocemente, se há algum problema. O perímetro da cabeça da criança continuará sendo medido ao longo da sua infância.

Até o dia 28 de novembro, o Ministério da Saúde havia recebido 1.248 notificações de casos suspeitos de microcefalia, identificados ainda com o critério de medida craniana igual ou inferior a 33 cm.

Segundo o Ministério, "muitos dos diagnósticos realizados precocemente e preventivamente já foram descartados", sem indicar números.

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