15/03/2011

Terapia de calor será testada contra ejaculação precoce

Redação do Diário da Saúde

Terapia de calor

Médicos do Case Medical Center, nos Estados Unidos, estão realizando o primeiro estudo-piloto com uma nova "terapia de calor" para tratar a ejaculação precoce.

O procedimento é chamado de modulação neurotermal guiada por imagem.

O calor é produzido por ondas de rádio dirigidas com uma sonda e dirigido para um nervo, de forma a modular, ou diminuir, as sensações que ele transporta.

Ejaculação precoce

Dados de diversas pesquisas indicam que a ejaculação precoce afeta entre 20 e 38 por cento dos homens no mundo todo, sendo esta a disfunção sexual masculina mais comum.

Atualmente há poucas opções de tratamento, de eficácia limitada, baseadas em medicação oral, tais como inibidores seletivos de recaptação da serotonina, que pode ter efeitos colaterais por todo o corpo durante o uso prolongado.

"Estamos muito animados com este que é o primeiro estudo desse tipo no mundo," disse David Prologo, coordenador da pesquisa. "Esta é uma condição bastante comum para a qual os homens têm opções muito limitadas [de tratamento]. Se pudermos demonstrar que a terapia local pode ajudar, teremos uma opção ambulatorial para controle dos sintomas [da ejaculação precoce]."

Ajustando a sensibilidade do nervo

Neste tratamento experimental, os pacientes serão submetidos a uma tomografia computadorizada para guiar um minúsculo eletrodo, do tamanho de uma agulha, até o nervo dorsal do pênis que, em última instância, é o responsável pela sensibilidade da pele do pênis.

Ondas de rádio serão transmitidas de forma intermitente através do eletrodo para diminuir as sensações coletadas por este nervo. Os pacientes ficarão sedados, mas conscientes, durante o procedimento.

O procedimento será feito em ambulatório e os pacientes poderão ir para casa no mesmo dia. O tratamento leva apenas cerca de 20 minutos, sem contar o tempo de preparação antes e o tempo de observação ao final.

Ablação

O Dr. Prologo explica que o nervo se recupera ao longo do tempo. Ou seja, os efeitos do tratamento não são permanentes.

Se os efeitos observados durante o estudo piloto forem positivos, o próximo passo será avaliar a possibilidade de uma ablação permanente.

A ablação é comumente usada para o controle da dor em pacientes com problemas nas costas, por exemplo.

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