22/04/2014

Tire suas dúvidas sobre a vacinação contra a gripe

Com informações do Ministério da Saúde

Começou hoje, em todo o Brasil, a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe.

Segundo o governo, a campanha tem como principal objetivo reduzir a mortalidade, as complicações e as internações que ocorrem em consequência das infecções pelo vírus da influenza nesta população.

O público-alvo representa, aproximadamente, 49,6 milhões de pessoas.

Veja abaixo respostas para as principais dúvidas sobre a vacinação contra a gripe:

Quem deve receber a vacina?

Para escolher os grupos prioritários o Ministério da Saúde seguiu recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Além das crianças de seis meses a menores de cinco anos, integram este grupo pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. As pessoas portadoras de doenças crônicas não-transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais, também devem se vacinar.

Quais são os vírus que a vacina protege?

A vacina protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no inverno passado que são: Influenza A (H1N1); Influenza A (H3N2) e Influenza B.

A vacina contra gripe imuniza contra resfriado?

Não, pois o resfriado é diferente de gripe. A vacina não imuniza contra o resfriado causado por outros vírus.

Qual é o período de vacinação?

Entre 22 de abril e 9 de maio. No sábado (26), acontece o Dia "D" de Mobilização Nacional. Todos os postos de saúde estarão abertos para vacinação. O horário de funcionamento é das 8 às 17 horas, podendo ser alterado conforme definição da Secretaria Municipal de Saúde de cada localidade.

Há alguma contraindicação da vacina?

A vacina é contraindicada para pessoas com histórico de reação anafilática prévia em doses anteriores, bem como a qualquer componente da vacina ou alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. No entanto aquelas pessoas com história de alergia a ovo, que apresentem apenas urticária após a exposição, podem receber a vacina da influenza mediante adoção de medidas de segurança em ambiente hospitalar. Recomenda-se observar a pessoa vacinada, pelo menos, por um período de 30 minutos em ambiente com condições de atendimento a reações anafiláticas.

A vacina contra a gripe causa algum efeito colateral?

Não. A vacina usada na campanha contra a gripe é segura e bem tolerada. Em poucos casos podem ocorrer manifestações de dor no local da injeção ou endurecimento. Além disso, as pessoas que não tiveram contato anterior com os antígenos - substâncias que provocam a formação de anticorpos específicos - podem apresentar mal-estar, dor muscular ou febre. Todas estas ocorrências tendem a desaparecer em 48 horas.

A vacina contra a gripe tem o mesmo efeito que um antigripal?

Não, a vacina previne contra a gripe e o antigripal é um medicamento para o alívio sintomático da gripe, usado para reduzir os efeitos causados pela doença.

Por que a vacina não é oferecida, de forma gratuita, para toda população? Quais os critérios de distribuição?

A vacina de influenza tem por objetivo evitar os casos graves e os óbitos, e não eliminar a transmissão do vírus. Por isso, o Brasil, assim como todos os países que usam essa vacina, segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de vacinar os grupos com maior vulnerabilidade para as complicações e os óbitos.

Na sua grande maioria, os casos de gripe são casos leves e que se resolvem espontaneamente, sem sequelas ou complicações. Entretanto, nos grupos mais vulneráveis, o caso pode se complicar e gerar outras doenças graves, como a pneumonia bacteriana.

Os doentes crônicos devem se vacinar em locais específicos?

As pessoas com doenças crônicas podem se dirigir a qualquer um dos 65 mil postos de vacinação e também aos de Centros de Referencias de Imunobiológicos Especiais (CRIE). É importante que os doentes crônicos apresentem uma prescrição médica no ato da vacinação.

Por que crianças com menos de seis meses não serão vacinadas?

A vacina disponível atualmente não é recomendada para menores de seis meses porque os estudos científicos não demonstram qualidade da resposta imunológica para este grupo, ou seja, a proteção não é garantida.

Quanto tempo leva para a vacina fazer efeito?

Em adultos saudáveis, a detecção de anticorpos protetores se dá entre duas a três semanas após a vacinação. O pico máximo de anticorpos ocorre após quatro a seis semanas após a vacinação.

Qual a diferença entre a gripe comum e a influenza A (H1N1)?

São causadas por diferentes subtipos do mesmo vírus da influenza. O subtipo A (H1N1) produziu a pandemia de 2009 e continua circulando como mais um dos subtipos do da influenza.

Os sintomas da gripe comum e H1N1 são parecidos e se confundem: febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. A pessoa que apresentar algum desses sintomas deve procurar o serviço de saúde para receber o tratamento com o antiviral Oseltamivir, quando indicado.

Qual a diferença entre resfriado comum e síndrome gripal?

Resfriado comum é uma infecção viral de sintomas mais brandos que a gripe e pode durar de dois quatro dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, secreção nasal (rinorreia), tosse e rouquidão. A febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares (mialgia) e dor de cabeça (cefaleia). Assim como na influenza, no resfriado comum também podem ocorrer complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção. Os principais agentes infecciosos do resfriado comum são os Rhinovírus (com mais de 100 sorotipos), os Coronavírus, os vírus Parainfluenza (principalmente o tipo 3), o Vírus Sincicial Respiratório, os Enterovírus e o Adenovírus.

A gripe é uma infecção viral, que se caracteriza pelo surgimento de febre alta, cefaleia, dores no corpo, mal-estar, tosse seca, dor de garganta e coriza. Este quadro pode perdurar por sete a 10 dias.

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