05/09/2017

Coração pode ser convencido a se regenerar após infarto

Redação do Diário da Saúde
Coração pode ser convencido a se regenerar após infarto
Uma célula cardíaca de um camundongo dividindo-se, podendo-se ver os dois núcleos em azul. O RNA Singheart aparece marcado pelos corantes fluorescentes.
[Imagem: A*STAR Genome Institute of Singapore]

Autocura do coração

Pode ser possível convencer as células cardíacas danificadas durante um infarto a se autocurarem. Se os resultados dos primeiros experimentos se confirmarem, esta descoberta pode levar a formas inovadoras de tratamento das doenças cardíacas.

Os pesquisadores identificaram um longo ácido ribonucleico não-codificador de proteínas (ncRNA) que regula os genes que controlam a capacidade das células do coração de iniciarem um reparo ou regeneração.

Este novo RNA, que foi batizado de Singheart, poderá então se tornar um alvo para tratamento da insuficiência cardíaca no futuro.

A descoberta foi feita por uma equipe conjunta do Instituto do Genoma A*STAR (SIG) e da Universidade Nacional (NUHS), duas instituições de Cingapura, e acaba de ser publicada na revista Nature Communications.

Regeneração do coração

Ao contrário da maioria das outras células do corpo humano, as células cardíacas não têm a capacidade de se regenerar de forma efetiva, fazendo com que o ataque cardíaco e a insuficiência cardíaca sejam graves e debilitantes.

Contudo, Kelvin See e seus colegas descobriram que uma subpopulação de células cardíacas em corações doentes ativa programas genéticos relacionados à divisão celular, o que leva a crer que é possível induzir um grupo maior delas a iniciar o mesmo processo, estabelecendo um processo de regeneração em larga escala.

Além disso, os pesquisadores também encontraram os "freios" que impedem que as células do coração se dividam em larga escala, iniciando assim a recuperação. Alvejar esses "freios" é outra opção para desencadear o reparo e a regeneração das células cardíacas.

"Sempre houve uma suspeita de que o coração detém a chave para sua própria capacidade de cura, regeneração e reparo. Mas essa habilidade parece ficar bloqueada assim que o coração ultrapassa seu estágio de desenvolvimento. Nossas descobertas apontam para esse bloqueio potencial que, quando suspenso, pode permitir que o coração se cure," disse o professor Roger Foo, coordenador da pesquisa.

Outras técnicas similares, ainda em fase de desenvolvimento, incluem os chamados curativos cardíacos e, mais recentemente, um spray de tinta biológica a ser aplicado após o infarto.

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