29/11/2015

Confirmada relação entre vírus zika e microcefalia

Com informações da BBC

Zika causa microcefalia

Para o governo brasileiro, não há mais dúvidas: o vírus zika é o causador do surto de microcefalia que atinge o país.

As suspeitas foram confirmadas pelo Ministério da Saúde, que informou ter comprovado a relação a partir do caso de uma criança nascida na região Nordeste, que é a mais afetada.

No Brasil todo, já são mais de 700 casos notificados em 160 municípios de nove Estados.

Em nota, o ministério afirmou que "o Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em uma bebê, nascida no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus zika."

A partir dos exames dessa bebê, que acabou não resistindo e morreu, o governo confirmou a relação entre o vírus e a microcefalia.

Inimigo nacional

"Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial", afirmou o governo.

Isso porque a correlação entre o zika e a microcefalia não havia sido confirmada anteriormente. Na Polinésia Francesa, autoridades estão pesquisando a ligação, já que também houve casos de má-formação cerebral em fetos e recém-nascidos após a epidemia de zika que atingiu o território entre 2013 e 2014.

Como o vírus zika é transmitido pelo pernilongo Aedes aegypti, responsável também pela dengue e chikungunya, o governo declarou que pretende reforçar, "o chamado para uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor, o Aedes aegypti".

A nota do Ministério da Saúde informa também que ainda há muitas questões a serem esclarecidas sobre a transmissão do agente, sua atuação, infecção do feto, mas que análises iniciais mostrar que o período de maior vulnerabilidade para a gestante (e seu bebê) são os três primeiros meses de gravidez.

Mortes por zika

Além da bebê citada, o Ministério da Saúde confirmou outras duas mortes relacionadas ao vírus zika. As análises indicam que esse agente pode ter contribuído para o agravamento dos casos, levando aos óbitos.

O primeiro caso é o de um homem com histórico de lúpus e de uso crônico de medicamentos corticoides, morador de São Luís (MA). O exame laboratorial apresentou resultado negativo para dengue, mas foi detectado o genoma do vírus zika no sangue e vísceras do paciente.

O outro caso é de uma jovem de 16 anos do município de Benevides (PA), que veio a óbito no final de outubro. Com suspeita inicial de dengue, ela apresentou dor de cabeça, náuseas e petéquias (pontos vermelhos na pele e mucosas). O teste foi positivo para zika.

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