15/08/2014

Competição destrói criatividade feminina

Redação do Diário da Saúde
Competição destroi criatividade feminina
"Se as equipes trabalham lado a lado, as mulheres tendem a ter melhor desempenho e até mesmo superam os homens - elas são mais criativas."
[Imagem: Washington University St. Louis]

Sem brigas

Pesquisas recentes haviam sugerido que as mulheres têm um melhor desempenho em grupos de trabalho pequenos, e que a entrada de mulheres para um grupo é uma maneira infalível para aumentar a colaboração e a criatividade da equipe.

Mas um novo estudo mostrou que isso só é verdade quando as mulheres trabalham em equipes que não estão em um ambiente competitivo.

Nessas situações, os benefícios normalmente trazidos pelas mulheres em situações mais amenas não se concretizam.

"A competição intergrupal é uma faca de dois gumes que, em última instância, dá uma vantagem para grupos compostos predominantemente ou exclusivamente por homens, prejudicando a criatividade dos grupos formados por mulheres," explica Markus Baer, da Universidade de Washington em St. Louis.

O estudo sugere que os homens se beneficiam criativamente do embate cabeça a cabeça com outros grupos, enquanto os grupos de mulheres rendem melhor em situações menos competitivas.

Conforme a competição intergrupal fica mais quente, os homens se tornam mais criativos e as mulheres nem tanto.

"As mulheres contribuíram cada vez menos para a produção criativa da equipe quando a competição entre as equipes ficou acirrada, e esta queda foi mais pronunciada em equipes compostas inteiramente de mulheres," disse Baer.

Criatividade sem competição

Os resultados são contra-intuitivos, porque estudos anteriores mostraram que as mulheres geralmente são mais colaborativas do que os homens quando se trabalha em equipe.

"Se as equipes trabalham lado a lado, as mulheres tendem a ter melhor desempenho e até mesmo superam os homens - elas são mais criativas.

"Porém, tão logo você adiciona o elemento competição, o quadro muda. Os homens nessas circunstâncias se tornam mais coesos. Eles se tornam mais interdependentes e mais colaborativos, acontecendo justamente o oposto com as mulheres.

"Assim, o que é verdade para circunstâncias não-competitivas inverte quando a situação fica competitiva," explicou Baer.

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