03/04/2017

Com depressão no topo da lista, OMS lança a campanha Vamos conversar

Redação do Diário da Saúde
Com depressão no topo da lista, OMS lança a campanha
Cada dólar investido na ampliação do tratamento para depressão e ansiedade leva a um retorno de US$ 4 em uma melhor saúde e capacidade de trabalho.
[Imagem: OPAS/Divulgação]

Depressão no mundo

A depressão é a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo, de acordo com as últimas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a entidade, mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, um aumento de mais de 18% entre 2005 e 2015.

A falta de apoio às pessoas com transtornos mentais, juntamente com o medo do estigma, impedem muitas pessoas de acessarem o tratamento de que necessitam para viver vidas saudáveis e produtivas.

As novas estimativas foram divulgadas em preparação para o Dia Mundial da Saúde, no dia 7 de abril, que tem como ponto alto a campanha anual da OMS, "Depressão: vamos conversar". O objetivo geral da campanha é que mais pessoas com depressão, em todo o mundo, busquem e obtenham ajuda.

"Estes novos números são um sinal de alerta para que todos os países repensem suas abordagens à saúde mental e tratem-na com a urgência que merece," disse Margaret Chan, diretora-geral da OMS.

"A depressão afeta a todos nós. Não discrimina por idade, raça ou história pessoal. Isso pode prejudicar os relacionamentos, interferir na capacidade das pessoas de ganhar a vida e diminuir seu senso de autoestima", acrescentou a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne. No entanto, "mesmo a depressão mais grave pode ser superada com o tratamento adequado. E o primeiro passo para obter tratamento é conversar", acrescentou.

Necessidade de mais investimentos

O aumento de investimentos em saúde também é necessário, de acordo com a OMS. Em muitos países, não há ou há muito pouco apoio disponível para pessoas com transtornos de saúde mental. Mesmo em países de alta renda, quase 50% das pessoas com depressão não recebem tratamento. Em média, apenas 3% dos orçamentos de saúde de governo são investidos em saúde mental, variando de menos de 1% em países de baixa renda a 5% em países de alta renda.

Além disso, o investimento em saúde mental beneficia o desenvolvimento econômico. Cada dólar investido na ampliação do tratamento para depressão e ansiedade leva a um retorno de US$ 4 em uma melhor saúde e capacidade de trabalho.

O tratamento envolve geralmente psicoterapia ou medicação antidepressiva, eventualmente uma combinação dos dois. Ambas as abordagens podem ser fornecidas por profissionais de saúde não especializados, seguindo um treinamento de curta duração e usando o Guia de Intervenção da OMS. Mais de 90 países de todos os níveis de renda, incluindo 23 das Américas, introduziram ou ampliaram programas que fornecem tratamento para depressão e outros transtornos mentais usando esse Guia.

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