24/04/2017

Celulares e tablets: Crianças dormem menos, mas se desenvolvem mais

Com informações da BBC
Celulares e tablets: Crianças dormem menos, mas se desenvolvem mais
Tem havido também preocupações de que a luz azul-violeta dos celulares prejudique a visão.
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Telas e sono

Crianças que brincam com celulares e tablets dormem menos que as crianças que não interagem com essa tecnologia.

Por outro lado, brincar com esse tipo de aparelho ajuda a desenvolver habilidades motoras mais rapidamente.

Estas conclusões são de pesquisadores da Universidade de Londres, que acompanharam 715 famílias com crianças de até três anos de idade.

Cerca de 75% das crianças usavam aparelhos de telas sensíveis ao toque - celulares e tablets - diariamente. Essa porcentagem era de 51% entre crianças de seis e 11 meses, e de 97% entre crianças de 25 e 36 meses de idade.

As crianças que brincavam com os aparelhos dormiam menos à noite e mais durante o dia. E, de um modo geral, contabilizavam 15 minutos a menos de sono para cada hora que passavam brincando com esses eletrônicos.

Equilíbrio

"Cada minuto importa no desenvolvimento infantil por causa dos benefícios do sono," afirmou o pesquisador Tim Smith, reconhecendo que os 15 minutos de sono perdido podem não parecer muito quando se leva em conta que uma criança dorme um total de 10 a 12 horas por dia.

Por outro lado, a pesquisa também mostrou que crianças que usam ativamente as telas de toque (arrastando elementos, em vez de apenas assistir a imagens) aceleraram o desenvolvimento de habilidades motoras.

Assim, parece que vale para esses aparelhos as mesmas regras usadas para estabelecer o tempo que as crianças passam em frente à televisão. Ou seja, os pais devem impor limites para o uso de aparelhos com telas de toque, assegurando que o conteúdo seja adequado à idade e evitando que o uso seja feito antes da hora de dormir.

"Com base nesses resultados e no que sabemos por meio de outros estudos, talvez valha a pena limitar o uso de telas de toque ou o uso de outros aparelhos eletrônicos nas horas anteriores ao momento que a criança vai para a cama dormir," completou a pesquisadora Anna Joyce.

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