11/10/2013

Senha do coração pode proteger marcapassos contra hackers

Redação do Diário da Saúde
Biometria pode proteger marcapassos contra hackers
O sistema exige que um software no aparelho implantado converse com o dispositivo de "toque", chamado programador.
[Imagem: Masoud Rostami/Rice University]

Marcapassos cardíacos, bombas de insulina, desfibriladores e outros dispositivos médicos implantáveis geralmente dispõem de comunicação sem fios para permitir que atendentes de emergência possam monitorar os pacientes.

Mas esta funcionalidade tem uma desvantagem: os aparelhos podem ser hackeados.

Para resolver o problema, pesquisadores da Universidade Rice (EUA) criaram uma técnica de segurança capaz de reduzir drasticamente o risco de que um dispositivo médico implantado possa ser acessado ou alterado remotamente sem autorização.

Em vez de uma senha comum, o sistema usa o próprio batimento cardíaco do paciente como uma espécie de código de acesso que só pode ser ativado através de um toque.

Farinaz Koushanfar e Masoud Rostami chamaram sua invenção de Coração-a-Coração.

"Se você tem um dispositivo dentro do seu corpo, uma pessoa poderia passar, apertar um botão e violar sua privacidade, ou mesmo dar-lhe um choque", disse Rostami. "Ela poderia [fazer uma bomba de insulina] injetar insulina ou atualizar o software do seu marcapassos. Mas nossa solução força quem quiser ler o dispositivo a tocar em você."

Senha do coração

O sistema exige que um software no aparelho implantado converse com o dispositivo de "toque", chamado programador.

Quando um técnico médico aproxima o programador do paciente - realizando o "toque" - o programador coleta uma assinatura de eletrocardiograma em tempo real.

Os aparelhos interno e externo então comparam detalhes minuciosos do eletrocardiograma e executam um procedimento conhecido em informática como handshake (aperto de mão).

Se os sinais recolhidos pelos dois no mesmo instante baterem, então esse sinal se torna a senha que permite o acesso do dispositivo externo ao implante interno.

"O sinal do seu batimento cardíaco é diferente a cada segundo, então a senha é diferente a cada vez," disse Rostami. "Você não pode usá-la nem mesmo um minuto mais tarde."

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