08/07/2014

Anticoncepcional com controle remoto

Redação do Diário da Saúde

Medicamentos em chips

Uma empresa norte-americana está tentando levar dos laboratórios para as farmácias uma nova tecnologia de aplicação contínua de medicamentos.

Conhecidos como biochips, os pequenos dispositivos são fabricados com a mesma tecnologia dos chips de computador.

Mas, além de fios e transistores, o chip contém microcanais por onde o medicamento de um reservatório pode ser aplicado de forma controlada pelos circuitos do chip - a técnica é conhecida como microfluídica.

A empresa Microchips está testando o uso dessa plataforma para substituir as pílulas anticoncepcionais - espera-se que, no futuro, os biochips sejam usados para liberar quaisquer medicamentos de uso crônico no corpo dos pacientes.

Anticoncepcional sem fios

Anticoncepcional com controle remoto
No futuro, os biochips poderão ser usados para liberar quaisquer medicamentos de uso crônico no corpo dos pacientes.
[Imagem: Microchips/Divulgação]

O aparelho mede cerca de 2 x 2 x 0,7 centímetros e deverá ser implantado sob a pele - nas nádegas, no braço ou no abdome.

Seu depósito de 1,5 centímetro de largura pode armazenar uma quantidade de anticoncepcional suficiente para 16 anos. O hormônio - no teste está sendo usado o levonorgestrel - é liberado em doses de 30 microgramas por dia.

A empresa garante que a tecnologia é segura, e que uma vedação hermética de titânio e platina impede vazamentos do reservatório.

A grande vantagem, segundo a empresa, é que o aparelho eletrônico pode ser comandado à distância, por um pequeno transmissor que fica de posse da paciente.

Sempre que necessário - ou quando quiser engravidar -, a mulher pode desligar o aparelho implantado e interromper a aplicação do contraceptivo.

Quando o estoque de hormônio se esgotar, o implante deverá ser retirado.

Segurança

Segundo o Dr. Robert Langer, do MIT, fundador da empresa, ainda faltam alguns desenvolvimentos antes que o anticoncepcional com controle remoto possa ser testado em voluntárias.

O principal deles é criar um sistema de criptografia que impeça que hackers invadam o aparelho e saiam desativando a aplicação do anticoncepcional sem que as mulheres saibam.

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