01/11/2016

Alimentos e objetos cotidianos emitem radiação

Redação do Diário da Saúde
Alimentos e objetos cotidianos emitem radiação
Os abacates emitem 0,16 µGy/hr de radiação gama, quase o mesmo nível dos tijolos.
[Imagem: NCSU/arsheffield]

Traços de radiação

A norma é acreditar que todos os materiais radioativos são perigosos, se não mortais.

Então, você se assustaria em saber que alguns dos seus alimentos preferidos, ou mesmo os tijolos da sua casa, emitem radiação?

De fato, nós interagimos com materiais radioativos todos os dias. Ocorre que essa radiação não tem uma intensidade suficiente para nos causar mal.

"Nós fizemos este estudo porque compreender quanta radiação é emitida pelos itens domésticos comuns ajuda a colocar as leituras de radiação no contexto - ele coloca as coisas em perspectiva," disse o professor Robert Hayes, da Universidade do Estado da Carolina do Norte (EUA), que fez as medições em colaboração com seu colega Richard Milvenan.

"Se as pessoas entenderem o que significam os níveis de radiação-traço, esse entendimento pode ajudar a evitar o pânico," acrescentou.

Radiação nos objetos do dia a dia

A dupla usou um medidor de radiação gama portátil para medir a radiação emitida dentro de uma casa habitada normalmente. A radiação foi medida em micrograys por hora (µGy/hr) - o gray representa a quantidade de energia de radiação ionizante absorvida por unidade de massa.

Os abacates, por exemplo, emitem 0,16 µGy/hr de radiação gama - ligeiramente menos do que os 0,17 µGy/hr emitidos por uma banana. Tijolos liberam 0,15 µGy/hr, enquanto detectores de fumaça (com seus componentes feitos do elemento radioativo amerício devidamente protegidos) liberam 0,16 µGy/hr.

A título de comparação, o minério de urânio natural medido pelos pesquisadores emitia 1,57 µGy/hr.

Limite de exposição à radiação

"Se você está surpreso que sua fruta está emitindo radiação gama, não entre em pânico," diz Hayes. "O nível de regulamentação para os trabalhadores - que é seguro - é a exposição a 50.000 µGy por ano."

Considerando que vivemos o tempo todo junto a esses "elementos radioativos", quase todos emitindo uma média de 0,15 µGy/hr, e que o ano tem 8.760 horas, absorvemos pouco mais de 1.300 µGy/ano.

Os resultados foram publicados na revista Health Physics.

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